A qualidade do ar interno em escritórios, escolas, empresas, indústria e outros locais de trabalho, é importante não só para o conforto dos trabalhadores, mas também para a sua saúde. A má qualidade do ar interno tem sido ligada a sintomas como:
- dores de cabeça;
- fadiga;
- dificuldade de concentração;
- irritação dos olhos, nariz, garganta e pulmões.
Além disso, algumas doenças específicas têm sido associados a contaminantes do ar presentes nos ambientes internos, como a asma que se manifesta mais facilmente em ambientes internos úmidos. Além disso, é conhecido que a exposição a substâncias como o amianto e radônio, não causam sintomas imediatos, mas pode levar ao câncer, depois de muitos anos.
Fatores que afetam a qualidade do ar interno.
Esses fatores incluem a má ventilação (falta do ar exterior), os problemas de controle de temperatura, umidade alta ou baixa, reformas ou obras recentes, e outras atividades dentro ou perto de edificações que podem afetar a circulação ou qualidade do ar fresco que entra no edifício.
Existem casos em que contaminantes específicos, como poeira de construção ou reforma, mofo, produtos de limpeza, pesticidas ou outros produtos químicos no ar (incluindo pequenas quantidades de substâncias químicas liberadas na forma de gás ao longo do tempo) pode levar a má qualidade do ar interno.
Normas que regulamentam a qualidade do ar:
No Brasil está em vigor legislação específica que trata da qualidade do ar interno para indústria, ambientes de trabalho e locais específicos como cozinhas profissionais e laboratórios químicos ou de análise.
Nestes ambientes a ventilação desempenha papel crucial na manutenção da qualidade do ar e do conforto térmico para que o ambiente mantenha-se dentro das condições ideais estabelecidas pelas normas.
Não existem padrões estabelecidos para a qualidade do ar em ambientes internos, porém as normas estabelecem níveis e volumes de deslocamento do ar no ambiente interno e também de concentração de poluentes químicos:
NR 15 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES – ANEXO N.º 3
O Anexo 3 da NR 15, por exemplo, trata da “Limites de Tolerância para a Exposição ao Calor” expondo métodos para a medição do calor e cálculo da Tolerância dos trabalhadores ao ambiente com calor excessivo. A NR15 anexo 3 traz também uma tabela contendo as temperaturas médias e o tempo de trabalho e descanso dos trabalhadores, bem como informações sobre a taxa de metabolismo do corpo humano em ambientes de calor.
NR 15 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES – ANEXO N.º 11
“As concentrações máximas permitidas, para diversos contaminantes químicos no ambiente de trabalho, estão determinados na Portaria 3214 de 08.06.78, do Ministério do Trabalho, Norma Regulamentadora no 15, Anexo 11 – Limites de Tolerância, e quando da ausência destes, aqueles internacionalmente aceitos.”
Projetos de Ventilação Industrial
Os projetos de ventilação industrial voltados para a melhoria e manutenção da qualidade do ar interno em ambientes de trabalho deve ser um esforço multidisciplinar. O envolvimento e a participação de vários técnicos e especialistas irá determinar volume de vasão de ar, tipo e quantidade de equipamentos adequados para o ambiente.